segunda-feira, 29 de junho de 2009

TEST DRIVE

Olá Bttistas.......e outros,


Definitivamente a tradição já não é o que era!

Isto anda tudo "avariado". O que é feito dos dias de Verão, onde o Sol brilhava de manhã até à noite? Já para não falar dos Invernos rigorosos, onde a chuva e o frio eram a sério?
Pois é, pois é meus amigos, no passado Domingo fui andar com o Galamba, o Aires e com o Marçal e acreditem que levámos uma valente sova graças ao temporal que se fez sentir em pleno Verão. O título desta crónica esteve para ser "A grande tempestade".

Curiosamente, todos os bttistas presentes possuíam "montadas" de suspensão total. Tal facto passaria despercebido, não fora o facto da bike do Aires ser uma rígida, de uma marca que eu não irei mencionar devido ao pudor (começa pela letra K, seguida pela letra O, N e finalmente o A, eh, eh, eh...) e ele ter-se apresentado numa B-PRO de suspensão total.
Que giro, tratava-se de um Test drive solicitado por amigo dele, que acabara de trazer a bike de uma conhecida loja para dar umas voltitas e ver se gostava dela, acabando por solicitar a opinião de um experimentado bttista como o Aires.
E que teste meus amigos, acho que a pobre bike, não poderia ter tido pior baptismo, quando foi parar às mãos do Aires, eh, eh, eh.....

Assim que nos encontrámos por volta das 8H00 da manhã, o céu começou a "fechar-se", ao ponto de virmos todos equipados para a chuva excepto o Marçal. De tal modo estava a pôr-se feio o tempo que acompanhámos o Marçal até casa para ir buscar um impermeável.
Decidimos então efectuar a volta grande do canal, apesar de ser o regresso do Marçal após o seu último tralho que o obrigou a ser suturado no joelho. Assim o ritmo não poderia ser muito elevado.
Saímos da cidade e fomos por estrada até à Várzea de Samora onde entrámos no trilho do canal em direcção a Benavente. Por essa altura já a grande tempestade tivera início, proporcionando-nos um maravilhoso espectáculo de luz e côr. Chovia torrencialmente e o trilho ficou quase impraticável e extremamente pesado, mas lá prosseguimos, correndo sérios riscos de irmos parar dentro de água.

Após atravessarmos a ponte pedonal sobre o rio a seguir a Benavente, aquela em que o malabarista Vasco, num golpe de loucura decidiu uma vez descer os degraus montado na bike, seguimos pelo campo em direcção à IDAL.
A dada altura, como o espectáculo proporcionado pelo temporal já se tornava monótono, o Galamba decide fazer algo para contrariar tal facto.
E perguntam vocês: - o que é que ele fez? - Eu respondo, o costume! Ou seja elaborou e consumou um tralho, mas foi daqueles fraquinhos sem qualquer tipo de emoção. A sério, o homem "tralhou" quase em "câmara lenta".
É claro que não achámos piada nenhuma, pois nós já estamos habituados a um determinado nível, no que respeita a tralhos. Ficou a intenção.

Antes de voltarmos a entrar no canal, já do lado dos Foros-de-Salvaterra, parámos para tirar umas fotos e fazer uns filmes (aos quais ainda não tive acesso) pois o nosso "Look" era espectacular. As bikes tinham pelo menos 2 ou 3 kg de lama em cima e nós parecíamos directamente saídos de um ringue de luta na lama, acabadinhos de lutar com belas lutadoras de fio-dental, eh, eh, eh....
Hummmm, ora aqui está uma bela ideia para os dias de tempestade, a criação de divertidos postos de abastecimento onde belas lutadoras de bikini nos proporcionam um abastecimento após lutarem só para nós, eh, eh, eh......
Pronto, pronto, já respirei fundo, a pulsação baixou e já voltei ao normal, sem comprimidos!

Chegados à aldeia do peixe, aproveitámos para abastecer. Seguimos de novo pelo canal e atravessámos a várzea que dá acesso à subida dos calhaus, no fim da qual efectuámos o segundo abastecimento aquando da volta de aniversário.
Nesta subida, a dificuldade extra causada pelo temporal fez-se sentir, pois além das rodas derraparem na lama, também escorregavam nos calhaus.
O Aires seguia à minha frente e como não estava habituado aos pedais da bike do Test drive, não conseguiu tirar o pé a tempo após escorregar nos calhaus e "tralhou" mesmo à minha frente. Eu lá consegui a muito custo chegar até ao final sem me apear, mas o meu pulsómetro registava 170 batidas por minuto, ah pois é!

Lá nos reunimos todos de novo e fomos sempre a abrir até à Barrosa, com o pessoal sempre a "picar" e imaginem lá quem é que se cruza connosco de carro a buzinar como um louco? O nosso amigo Fernando!
Ainda devia estar a convalescer da noite da sardinha assada de Benavente, a julgar pela sua ausência no treino. Não que tenha bebido muito, pois quanto a isso ele já está mais do que habituado, deve é ter dormido muito pouco, eh, eh, eh.....

Já perto de Samora, finalmente o Marçal deu o "estoiro". Era de admirar se tal não acontecesse, dada a sua paragem forçada e principalmente devido à más condições climatéricas.
Apenas estou curioso por saber se o Aires entregou a bike de testes ao seu amigo tal e qual ela estava no final da nossa volta, eh, eh, eh.....
Quando cheguei a casa, a minha bike tinha tanta lama em cima como eu próprio, pelo que resolvi tomar um duche no jardim juntamente com ela.

Hummm, isto dos duches a céu aberto está a tornar-se num hábito preocupante, eh, eh, eh....


Grande abraço,



Charbel

terça-feira, 23 de junho de 2009

Duche na Lezíria

Bom dia,


No passado Domingo, aconteceu algo inédito! Atrasei-me mais do que o Sr. Presidente, quer dizer, isto se ele tivesse aparecido não é?
Apesar do atraso a malta lá saiu da cidade rumo ao campo!

Gostaram desta? Humm, é verdade, a nossa vida agora mudou de forma dramática com a elevação de Samora a cidade. Agora se quisermos andar no campo temos que abandonar a metrópole e percorrer pelo menos, uns 500 metros de ruas e avenidas, tentando não ser apanhados nas malhas do trânsito infernal, eh, eh, eh….
Mentira, às cerca de duas ou três pessoas de fora da terra que vão ler esta crónica, cabe-me informar que Samora Correia é ela mesma “o campo”.
Para nós “indígenas”, Samora será sempre uma vila, quer queiramos, quer não. Aliás, este novo estatuto quanto a mim é até enganador e à primeira vista até retira algum encanto e carisma a esta antiga ex-vila Ribatejana. Felizmente que temos uma geração que começa agora a emergir e que pretende recuperar uma certa mística da nossa terra.

Voltando ao nosso tema principal, informo que no Domingo passado eu estava com intenção de efectuar a volta pelo canal para irmos sempre fresquinhos à sombra do arvoredo, no entanto houve uma facção do grupo que me boicotou os planos e assim lá fomos em direcção à Várzea de Samora, prosseguindo depois para Belmonte.
O pelotão era composto por mim, o Sr. Domingos, o Aires, o Luís, o Galamba, o Fernando Ferreira e o meu sobrinho Emanuel.
Estava um calor abrasador, pouco próprio para praticarmos desporto de alta competição, pelo que optámos por praticar desporto de baixa competição, eh, eh, eh….
Já em Belmonte, o Sr. Domingos colocou-se aos comandos e deu início ao carrossel. Sim, em Belmonte o sobe e desce é um autêntico carrossel, mas que apesar de tudo é bastante agradável e nada monótono apesar da área em que andamos ser relativamente pequena.

Logo para abrir, saímos dos trilhos e começamos a subir no meio do mato e das ervas. Trata-se de uma teimosia do amigo Zé Carlos que pretende abrir novos trilhos à força. A ideia é de passar tantas vezes quanto as necessárias para abrir novos trilhos, no entanto eu aproveito para dar aqui publicamente uma dica ao nosso grande Zé Carlos.
Caro Zé, para a próxima vez que fores treinar em Belmonte, leva uma enxada contigo para cavar os novos trilhos, poupando-nos assim muito tempo e material circulante. O método que estás a utilizar apenas dará resultados daqui a 10 anos, eh, eh, eh!

A dada altura o Sr. Domingos, que também já padece da mesma “doença” do Zé Carlos, resolve sair de novo de um dos trilhos saltando para o meio do mato!!!!
Quando eu digo mato, estou a ser simpático meus amigos, pois aquilo era uma mistura de buracos, mato, silvas, arbustos e calhaus sempre a descer, parecia que estávamos em plena selva e tínhamos a sensação de que a qualquer momento poderíamos ser atacados por uma tribo nativa, eh, eh, eh.....
O Emanuel até gritava como se estivesse num “rodeo”, completamente alheio aos perigos que nos espreitavam, fruto da sua inexperiência e inconsciência própria de alguém com apenas 14 anos, eh, eh, eh!

Lá andámos mais umas voltas e a dada altura quando esperávamos pelo Emanuel no cimo de uma das subidas, eis que aparece vindo do nada o nosso amigo Alcides que após dois dedos de conversa e uns metros a andar connosco, torna a desaparecer, num magnífico passe de magia. Foi um momento a não esquecer, que logo de seguida dá lugar a um outro acontecimento estranho.
Quando paramos para abastecer, o Fernando é subitamente atacado pela síndrome de Montargil, que o deixou estático, sem falar, e a esvair-se em água. O homem estava a desidratar a olhos vistos, o suor caía em “bica”.
Nesse momento ficou muito claro que era a hora de ele regressar, e em solidariedade, eu, o Galamba e o Emanuel acompanhámo-lo até Benavente, ficando o resto do pessoal a “malhar” no sobe e desce.
O homem estava mesmo desgraçado, tal e qual como na volta de Montargil, só que o local onde nós estávamos não possuía estações de primeiros socorros (leia-se tascas), onde ele pudesse repor os níveis dos seus elementos vitais com umas belas “mines”, eh, eh, eh…..

Em alternativa e como bom português, o nosso amigo Fernando rapidamente arranjou uma solução para o seu problema! Não existindo uma “mine” por perto ele resolveu tomar um duche refrescante.
E agora perguntam vocês: - Um duche no meio da Lezíria? – Sim respondo eu, um super duche aliás, como poderão constatar através da "curta metragem" em anexo, apenas faltando um gel de duche, shampoo e uma toalhinha, falta essa que tencionamos colmatar numa próxima ocasião, pois nós nos CBTTTL queremos acima de tudo o bem estar do bttista, eh, eh, eh.
Está em estudo também a possibilidade de termos além do duche, um gabinete de estética onde várias massagistas de fio dental se encarregarão de proporcionar uma sessão de relaxamento ao
bttista que assim o desejar, eh, eh, eh!


Este revigorante duche permitiu que o Fernando saísse do estado de coma e lá o acompanhámos rumo a Benavente. Atravessámos a estrada nacional e fomos em direcção ao canal, mas aí o Emanuel já apresentava também sinais que nos aconselhavam a regressar à cidade.
Como é um teenager, ainda queria insistir e acompanhar o Fernando até Benavente, mas decidimos mesmo regressar, até porque as dificuldades do Fernando tinham acabado e já se encontrava apto para regressar a casa pelo canal. O pior que lhe podia acontecer seria cair dentro de água, mas nesse cenário bastaria que se deixasse levar pela corrente do canal para poupar energias, até que um agricultor o avistasse e assim o pescasse com uma rede camaroeira, eh, eh, eh!
Ainda chegámos cedo a casa, mas o calor já fazia “mossa”, confirmado assim a necessidade de sairmos bem cedo de casa durante o Verão.
Hummmm, agora percebo porque razão o Sr. Presidente hiberna no Verão. É incapaz de acordar cedo logo prefere não andar de bike, eh, eh, eh……..



Fui………..




Charbel