Nota: Esta crónica foi publicada com a devida autorização do visado: Diogo Maia, demonstrando um digno sentido de humor e fair play por parte do mesmo!
No Domingo, apareceu o João Aires, o Tenrinho e eu, para uma volta soft, uma vez que era a minha primeira vez após ter contraído uma ruptura muscular a jogar futebol e o Tenrinho ia fazer a sua estreia nos trilhos da Lezíria. O Fernando Ferreira também lá apareceu mas apenas para se certificar que o caloiro não ficava sozinho na eventualidade de ninguém aparecer e depois foi fazer estrada.
Pá! Alguém tem de dizer a verdade ao rapaz (Diogo o “tenrinho”) que decididamente ele não nasceu para fazer BTT. E perguntam vocês: - E porquê?
Porque para alguém fazer BTT, primeiro deve aprender a andar de bike e só depois aventurar-se feito maluco por essas Lezírias fora, onde o perigo espreita, eh, eh, eh…..
Oh, Exmo. Sr. Presidente, onde estava com a cabeça quando aceitou que este rapaz se juntasse a nós???!!!!!! Estou a brincar claro, se até já levamos um cão rafeiro até à Aldeia do Peixe num total de 45 Km, porque não levar o Diogo “Tenrinho” até Benavente num percurso de 30 Km, numa odisseia incrível de dor e sofrimento????!!!!
Sim, dor e sofrimento! Não julguem que quando digo dor me refiro ao espírito de sacrifício, não, refiro-me mesmo à dor física meus amigos, consequência dos tralhos que o homem deu. E não se pense que o Hélder pode rivalizar com ele, pois o Diogo é ele próprio o Mr. Tralho, alcunha que lhe assentaria que nem uma luva não fora o facto de já se encontrar baptizado (por ele próprio), com o nickname “tenrinho”.
Para terem uma ideia o ritmo foi tão lento que o Aires ficou feliz por ter vestido uma t-shirt térmica e calças num dia de sol. Assim manteve-se sempre quentinho. Fizemos a primeira parte da nossa volta do 3º aniversário e naquela zona a seguir aos Camarinhais onde se atravessa o canal em Benavente, que tem um pouco de areia, só me lembro de dizer bem alto: - Cuidado que o releveé da curva é ao contrário!
Nisto houve-se um estrondo e quando olhamos para trás lá estava o “Tenrinho” de pernas para o ar, todo partido, mas sempre com um “sorriso amarelo”.
Como vimos que o homem já se encontrava em sofrimento (???!!!) nem sequer descemos para a zona ribeirinha de Benavente e fomos dar-lhe descanso no jardim da câmara Municipal. Estava de rastos.
Prosseguimos então em direcção ao Miradouro e virámos na Milupa pela terra batida. Na Promec, fizemos alcatrão até ao início da Várzea de Samora onde entrámos logo a seguir à curva.
Eu seguia já em plena Várzea com o João quando ouvimos de novo um estrondo, mas desta vez um pouco mais forte e arrepiante. Quando olhamos para trás, lá estava de novo o homem esticado no chão de barriga para cima e com uma nuvem de pó ainda a pairar por cima dele.
Meus amigos até deu dó olhar para ele. Parecia uma tartaruga de patas para o ar e nem se mexia. Depois aproximámo-nos e ele continuou deitado a tentar movimentar o ombro direito. Penso que estava com muitas dores, mas ao mesmo tempo também acho que o homem aproveitou para descansar um pouco pois já estava todo “roto”, eh, eh, eh……
Foi então que o João aproveitou a ocasião e voltou para trás, para ir treinar finalmente em direcção a St. Estêvão. Eu continuei o pequeno passeio de 30 Km (????!!!!) com o pobre “Tenrinho”, que a esta hora deve estar cheio de dores musculares e traumáticas, eh, eh, eh…..
Só dizia que aquele era um dia para recordar! Não sei se pela emoção de andar com Bttistas pela primeira vez, se pelos magníficos tralhos de nota 10 que ele nos proporcionou, eh, eh, eh!
Nem eu consegui sequer verter uma gotita de transpiração, tal a “violência” deste treino, eh, eh, eh…..
Grande abraço,
Charbel
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